Walmart

A marca Walmart é uma mutinacional norte-americana de lojas de departamento. A companhia foi eleita a maior multinacional de 2010. A companhia foi fundada por Sam Walton em 1962, incorporada em 31 de outubro de 1969 e feita capital aberto na New York Stock Exchange (bolsa de NY) em 1972. No ano de 2022, o Walmart possuía 10.593 supermercados espalhados em centenas de países no mundo.

A sede da Walmart fica em Bentonville, Arkansas. O Walmart é a maior loja de varejo dos Estados Unidos. Em 2009, a multinacional gerou 51% dos seus US$ 258 bilhões em vendas nos seus negócios de mercearia nos Estados Unidos. A Walmart também opera a Sam’s Club na América do Norte.

Até alguns anos atrás, a marca exibida pela empresa era Wal-Mart, mas após uma revitalização da marca em 2008, resolveram remover o hífen e o nome passou a ser grafado como nome único Walmart.

Em 2012 o Walmart já possuía 8.500 lojas em 15 países diferentes, com 55 nomes diferentes. A companhia opera sob seu próprio nome nos Estados Unidos, incluindo seus 50 estados. Ela também opera sob seu próprio nome em Porto Rico. Opera no México como Walmex, no Reino Unido como Asda, no Japão como Seiyu e como Best Price na Índia.

logotipo logomarca walmart

Walmart no Brasil

O Walmart atua no Brasil desde 1995. Escolheu a cidade de São Caetano do Sul para abrir sua primeira unidade (loja). Atuou primeiramente pelo Sudeste, expandindo seus negócios para o Nordeste com a compra da Rede Bompreço. Abriu lojas também em Brasília, Goiânia, Minas Gerais e Campo Grande e no Rio de Janeiro.

Em 2004 o Walmart adquiriu as lojas da Rede Bompreço na região nordeste e em 2005 adquiriu as lojas da rede Sonae. Atualmente, o Walmart é a terceira maior empresa varejista do país, segundo ranking do Ibevar em 2012. Em 2008 o faturamento da empresa foi de R$ 17 bilhões. No mesmo ano, a empresa empregou cerca de 80 mil pessoas e ocupou a terceira posição no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Em 2008 inaugurou sua operação de comércio eletrônico. Ainda neste ano, no mês de dezembro, inaugurou o primeiro hipermercado eco-eficiente da rede no país, no bairro de Campinho, na zona Norte do Rio de Janeiro.

A loja reunia mais de 60 iniciativas sustentáveis (como placas do estacionamento que utilizam plástico reciclável e clarabóias que aproveitam a luz natural do dia), resultado de um trabalho realizado desde 2005, envolvendo testes e implantações de mudanças que respeitam o meio ambiente.

Nos mesmos moldes, o WALMART inaugurou em abril de 2009 a segunda loja eco-eficiente da rede e a primeira em São Paulo, no bairro do Morumbi. Atualmente existem 18 lojas nesse formato.

Em 2009, o Guia Exame de Sustentabilidade elegeu o Walmart “a empresa sustentável do ano”, por seu programa de sustentabilidade que inclui a construção de lojas mais eficientes, gestão de resíduos, educação de funcionários e engajamento de fornecedores para o desenvolvimento de produtos mais sustentáveis.

Em 2010, a empresa anunciou a abertura de cerca de 100 novas lojas e 10 mil novos postos de trabalho. Em 2012 o Walmart Supercenter possuía 49 lojas da bandeira, presentes em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.

A rede possui ao todo, incluindo todas as bandeiras, ou seja; Walmart Supercenter, Hipermercados BIG, Hiper Bompreço, Supermercado Bompreço, Mercadorama, Nacional, Maxxi Atacado, TodoDia, e Sam’s Club; mais de 454 lojas espalhadas pelo Brasil.

O CEO do Walmart Brasil é o Brasileiro Marcos Samaha. Os escritórios da rede no Brasil localizam-se em Barueri (sede), na Grande São Paulo, em Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Recife.

A história

Samuel Moore Walton nasceu no ano de 1918. Em sua época de estudante foi eleito o rapaz mais versátil e se tornou presidente do corpo estudantil. Formou-se em economia em 1940. Seu sócio e irmão James Walton (apelidado carinhosamente de Bud), formou-se pela academia militar. A primeira experiência dos irmãos foi como trainees em uma loja na cidade de Oklahoma, chamada DuPont.

A primeira loja dos irmãos foi uma franquia da rede Ben-Franklin, na cidade de Newport, estado do Arkansas, em 1945. Foi ali, conhecendo seus concorrentes e colocando em prática as compras diretas dos produtores e vendas por preços baixos que eles exerceram seu aprendizado de comerciante. Bud e sua esposa Audie associaram-se a Sam e sua mulher Helen por um ano, até comprarem sua própria loja.

O casal Walton transformou a loja, que operava com prejuízos, em uma das maiores unidades da rede Ben-Franklin em Arkansas. Todo esse sucesso teve um preço. Em 1950, o proprietário que alugava o imóvel para o casal pediu-o de volta. Foi então que mudaram para Bentonville, uma cidadezinha de hábitos caipiras, encravada no estado americano de Arkansas.

Em 1951, o casal passou a administrar uma pequena loja de variedades e de preços baixos chamada WALTON’S 5 & 10. Em seguida, associando-se com o pai e o irmão Bud, seus dois cunhados (Nick e Frank), ele abriu lojas em Little Rock, Springdale e Siloam Springs, no Arkansas, além de outras unidades em Neodesha e Coffeyville.

Em uma década, Sam observou vários outros tipos de negócio, inclusive concorrentes como o K-Mart. O conceito da empresa K-Mart era simples: mercadorias de preços baixos com qualidade e ênfase no auto-serviço. Isto levou Sam a considerar um novo tipo de conceito: as Lojas de Descontos. Foi então, que ele e seu irmão Bud, resolveram fundar uma nova empresa no dia 2 de julho de 1962, com a abertura de sua primeira loja, que vendia produtos não perecíveis, na cidade de Rogers, estado do Arkansas, com o nome de Walmart Discount City (nome sugerido por um associado).

Com a inauguração os irmãos colocaram em prática seu conceito de loja de descontos. A primeira loja tinha 5.000 m² e vendia de tudo, desde confecção para crianças à livros e auto-peças. Os anúncios nos jornais diziam que o WALMART vendia somente artigos de primeira qualidade.

Para conseguir cobrar menos que os concorrentes, “Tio Sam”, como era chamado pelos funcionários, tinha fixação por reduzir custos. Ele proibia despesas com material de escritório, e até seus principais executivos eram orientados a usar canetas recebidas de brinde. Essa preocupação em economizar o máximo possível também se estendia à vida pessoal.

Anos depois, apesar de ser um dos homens mais ricos do mundo, andava numa picape velha, com os pára-choques amassados. Dois anos após sua fundação, a rede já contava com 24 lojas e um faturamento de US$ 12.6 milhões.

logomarca simbolo walmartInício da expansão nos Estados Unidos

Em 1968 a rede se expandiu para fora do estado do Arkansas, inaugurando lojas no estado do Missouri (Sikeston) e Oklahoma (Claremore). Em 1970 inaugurou seu primeiro centro de distribuição na cidade de Bentoville no Arkansas.

Nesta época a empresa tinha 78 sócios, um total de 32 lojas, cada uma representando uma combinação diferente de capital entre diversos investidores.

A família Walton era a maior acionista, mas Sam e Helen estavam muito endividados. Para sair do endividamento resolveram transformar a WALMART em sociedade anônima. O primeiro lote de 300.000 ações foi vendido no dia 1º de outubro de 1970, a US$ 16.50 cada, para aproximadamente 800 acionistas, arrecadando US$ 4.95 milhões.

A estratégia para o crescimento acelerado, adotada daquele momento em diante continuou seguindo a prática anterior. O foco de crescimento se manteve a partir das pequenas cidades, praticamente menosprezadas pelos concorrentes. No ano seguinte a rede já estava presente em cinco estados americanos.

Em 1975, inspirado pelos trabalhadores que Sam Walton viu em uma de suas viagens pela Coréia do Sul, foi introduzido o famoso “Walmart Cheer” (o tradicional grito de guerra da empresa) para seus associados, como ele costumava se referir aos seus funcionários. Dois anos depois, com 195 lojas e vendas de US$ 678.4 milhões, ocorreu a primeira aquisição de grande porte: 16 lojas da rede Mohr Value Chain.

Na década de 80, graças ao instinto visionário de Sam, a rede se lançou em novos formatos comerciais, inaugurando o primeiro clube de compras da empresa e o primeiro hipermercado. Nos anos seguintes a empresa teve um ritmo de crescimento impressionante nos Estados Unidos, abrindo unidades em vários estados, e se tornando, em 1990, a rede número 1 do mercado americano.

Início da expansão internacional

Em 1991, a rede iniciou sua expansão internacional com a inauguração de uma loja na Cidade do México. No ano seguinte ingressou no mercado de Porto Rico e alcançou vendas superiores a US$ 1 bilhão em uma única semana.

Em 1995 iniciou as operações no Brasil, e no ano seguinte foi a vez de ingressar no mercado chinês. Em 1999, entraram no mercado britânico ao comprar o Grupo ASDA por US$ 10 bilhões.

De multinacional a gigante mundial

Em 2002, no dia anterior ao feriado de Ação de Graças, conhecido como Thanksgiving Day, a empresa registrou a maior vendagem em um único dia na história dos Estados Unidos: US$ 1.43 bilhões. Era a confirmação da transformação da empresa em um verdadeiro gigante do varejo. Nos anos seguintes esse gigante não sossegou: cresceu no mercado internacional, ampliou lojas nos Estados Unidos e viu suas vendas dispararem como nunca.

A imagem de rede que vende barato é o pilar único do grupo – e isso sustentou um dos slogans mais antigos da história do varejo. Esse é também o mote do atual slogan, com um adendo: a qualidade de vida. Em 2007, a rede retirou o famoso “Always Low Prices” e introduziu o “Save Money. Live Better”. Traduzindo: você pode viver melhor gastando menos – exatamente a linha de pensamento que está martelando na cabeça dos americanos nos dias de crise.

O tradicional grito de guerra

Qual é a origem do tradicional grito de guerra, conhecido como “Walmart Cheer”? Sam Walton estava visitando uma fábrica de bolas de tênis na Coréia do Sul, onde os operários, todas as manhãs, faziam ginástica e eram estimulados. Ele gostou da idéia e não via a hora de voltar para casa e experimentá-la com seus associados.

Ele disse: “Acho que não é porque trabalhamos tão arduamente que temos que andar por aí com caras amarradas o tempo todo enquanto estamos realizando todo este trabalho, gostamos nos divertir”.

A filosofia corporativa

Sua cultura empresarial, baseada em simplicidade, não tem paralelos no segmento de varejo. Aos olhos do mundo fica difícil entender como a maior empresa do planeta continua a cultivar hábitos interioranos.

No WALMART, altos executivos trabalham em escritórios sem janelas. Ninguém viaja de classe executiva e os quartos dos hotéis são sempre compartilhados. A ostentação é quase um pecado. O culto à família e à moral protestante faz parte do negócio.

O Walmart é mais que um empreendimento. É quase uma religião, cujo princípio fundamental é ganhar dinheiro, muito dinheiro. Porém toda essa filosofia está baseada em duas palavras: SAM WALTON. O “velho e bom SAM”, que hoje em dia apesar de morto, parece continuar ainda muito vivo dentro da corporação, criou uma empresa repleta de rituais:

  • Todos os funcionários entoam o grito de guerra da empresa mesmo que morram de vergonha. O grito também é entoado antes de toda reunião: os mais altos executivos da empresa bradam cada letra da palavra WALMART, dão uma rebolada ao anunciar o antigo hífen e abrem os pulmões para gritar que o cliente é o número 1, sempre.
  • Quando um cliente chega a menos de 3 metros de distância, todo funcionário deve sorrir e perguntar educadamente: Oi, como vai? Posso ajudá-lo?
  • Sam Walton encorajava seus executivos a irem à sede da empresa aos sábados para uma reunião com suas famílias, hábito que se mantém até hoje.
  • A empresa nutre antipatia visceral por sindicatos.
  • Qualquer funcionário pode se queixar dos chefes aos executivos do escalão superior.
  • Em sua sede corporativa há telefonistas capazes de atender queixas dos funcionários brasileiros em português.
  • Os escritórios da empresa e as roupas usadas pelos funcionários são simples, espartanos, o que ajuda a diminuir os custos.
  • A cultura lembra uma cidadezinha americana com valores familiares conservadores.
  • A reunião anual de acionistas, na pacata Bentonville, tem shows de música pop e astros do cinema como o comediante Will Smith, a cantora Shakira, o roqueiro Jon Bon Jovi e até os pingüins do filme Madagascar. Além disso, há disputa de animação entre as delegações de outros países, que criam coreografias e músicas e são estimuladas por “gritos de guerra” entoados pelos altos executivos da empresa em pleno palco. O comportamento dos profissionais chega a lembrar de fiéis em cultos religiosos.

Sam Walton até o fim da vida cortava o cabelo em um barbeiro por US$ 5 e se recusava a pagar mais de US$ 10 por uma gravata. Depois de sua morte, em 1992, os executivos souberam embarcar com sucesso nas duas maiores ondas que varreram o mundo dos negócios: globalização e tecnologia.

Ao mesmo tempo, preservaram como dogma, a cultura peculiar criada pelo fundador, baseada em valores provincianos do meio-oeste americano. O grande paradoxo, ou o maior segredo, foi justamente conseguir manter esse estilo de cidade pequena enquanto se tornava a maior empresa do mundo. Nas lojas da rede, é mais fácil comprar uma arma do que alguns livros, revistas ou CDs banidos por seu conteúdo moral.

Um gigante odiado

Nunca houve na história do capitalismo uma empresa com tal dimensão. Em um desafio às leis estatísticas, a empresa não pára de crescer, 14% anuais, em média, nos últimos dez anos. É justamente esse ritmo de crescimento que garante volume cada vez maior e preços cada vez mais baixos. A continuar nessa toada, em 15 anos o WALMART terá 8.5 milhões de funcionários e faturamento próximo ao PIB do Japão, a segunda maior economia mundial.

Mais de 80% das famílias americanas compram em suas lojas. Cerca de 5% dos adultos do país trabalham ou já trabalharam lá nos últimos dez anos. Todo mês, a empresa vende somente nos Estados Unidos mais de 320 milhões de latas de Coca-Cola, 270 milhões de litros de água mineral Nestlé e 110 milhões de litros de leite de sua marca própria.

Das prateleiras saem um de cada cinco CDs ou DVDs vendidos nos Estados Unidos e uma boneca Barbie a cada 2 segundos. Nada mais natural, portanto, que o presidente mundial da rede seja recebido como chefe de Estado na China, país do qual a empresa importa mais de US$ 28 bilhões anuais, aproximadamente 10% das importações americanas da China. Ou que a família Walton, com uma fortuna estimada em US$ 90 bilhões, superior às de Bill Gates e Warren Buffett somadas, tenha acesso privilegiado garantido aos três últimos presidentes americanos.

O WALMART funciona para a economia global como um regulador de mercado. Tamanho é o conhecimento dos consumidores e dos mais de 60.000 fornecedores dispersos por 70 países, que a empresa atua como uma enorme bolsa de mercadorias ao casar a oferta com a demanda para estabelecer seus preços. A tentativa constante de reduzi-los, nas árduas negociações que exasperam os fornecedores, tem tido um impacto brutal na maior economia do planeta.

O ex-presidente do Federal Reserve (Banco Central Americano), Alan Greenspan, considerava o varejista um dos maiores responsáveis pela baixa inflação americana. Porém, enquanto tenta expandir seus negócios pelo planeta, a empresa sofre vários ataques. Para seus críticos, é o símbolo de tudo o que há de errado no capitalismo e na globalização.

Uma corporação poderosa como uma nação, que compra produtos a preço de banana em países asiáticos, compactuando com trabalho semi-escravo, para revendê-los garfando suculentas margens de lucro. Uma empresa de tentáculos gigantescos, capazes de destruir o pequeno comércio e de espremer cada centavo nas negociações com fornecedores, até levá-los à bancarrota. Um empregador cruel, que paga os piores salários do mercado, discrimina mulheres e minorias, desdenha de planos de saúde e combate ferozmente os sindicatos.

Não há um único sindicalizado entre os 1.35 milhões de americanos que trabalham para a empresa. Um grupo de fanáticos moralistas, capazes de censurar CDs, filmes e livros, de proibir remédios legais, como uma versão da pílula do dia seguinte, e de tentar impor ao resto do planeta a cultura caipira do meio-oeste americano. Mas, para os milhões de consumidores que passam por uma das mais de 9.700 lojas do varejista espalhadas pelo mundo, porém, o WALMART talvez seja apenas e tão somente o lugar onde o preço é mais baixo sempre.

E é justamente a fidelidade a esse slogan a origem do gigantismo da rede. Por trás dele está toda a estratégia revolucionária do negócio, o mercado faz o preço, a indústria acompanha. Com preços melhores, a empresa atrai multidões de consumidores, forçando os fornecedores a estar em suas prateleiras e seduzindo investidores.

A sede

Quem visita a sede mundial da empresa, na insípida Bentonville, cidadezinha do estado do Arkansas com pouco mais de 26.000 habitantes, leva um choque. Apesar do complexo possuir 15 edifícios e abrigar 11 mil funcionários, o prédio onde trabalham os principais executivos da maior empresa do mundo é um galpão marrom sem nenhum tipo de ostentação. Nada de caneta de ouro, mármore ou espelho.

O escritório do presidente é uma sala comum, sem adornos, no meio dos demais executivos. A sala de Rob Walton, filho de Sam, e atual presidente do conselho, nem possui janela. Gravata, só em ocasiões especiais. Quando viajam a trabalho, todos voam de classe econômica. O presidente da empresa, cuja remuneração total passa facilmente dos milhões de dólares, divide quartos de hotel de US$ 50 com outros executivos.

Na época de Sam Walton, que tinha como hábito lavar o próprio prato após as refeições, até oito pessoas ocupavam o mesmo quarto nas viagens. Aqueles que visitam a sede da empresa têm de pagar pela Coca-Cola ou pelo cafezinho caso queiram beber algo. Não há restaurante executivo. Os almoços oferecidos aos estrangeiros, funcionários ou executivos, durante a semana da reunião de acionistas costumavam ser piqueniques com salada, hambúrguer, chá gelado e limonada.

A filosofia imposta por Sam Walton à aqueles que chamava carinhosamente de seus “associados” (os funcionários) é bastante simples: não há preço baixo na loja sem custo baixo na empresa. Por isso, é preciso economizar cada centavo.

A história mantida viva

Na sede em que funcionou a primeira lojinha da rede (Walton’s 5&10), em Bentonville, foi instalado um centro de memória, remodelado e reinaugurado em 2011, que recebe aproximadamente 85 mil visitantes por ano, a maioria de funcionários do WALMART. Na semana em que ocorre a reunião dos funcionários, a rotatividade de visitantes sobe para uma média de duas mil pessoas por dia, que pagam por artigos inusitados, como um ursinho de pelúcia vestido com uma camiseta que traz uma enorme “I love Walmart” , broches, camisas e bonés.

Nesta espécie de museu o visitante conhecerá como a maior empresa do mundo foi construída, com direito a uma reprodução perfeita e fiel do escritório onde Sam Walton costumava trabalhar, a exposição de sua famosa caminhonete Ford F-150 de 1979, impecavelmente conservada, além de vídeos, fotografias e artefatos originais que contam a história de seu fundador e do WALMART. O centro de memória conta também com o WALMART SPARK CAFÉ, onde é possível fazer deliciosos lanches.

novo e antigo desenho logotipo walmart

A evolução visual

O logotipo do WALMART sofreu muitas alterações no decorrer dos anos. O primeiro logotipo não seguia um padrão, era utilizada qualquer fonte de letra disponível para impressão. Somente em 1964 a empresa adotou um logotipo padrão, utilizado por quase vinte anos e conhecido como “Frontier Font”. A principal mudança foi a introdução do hífen.

Nesse meio tempo, a marca criou outro logotipo específico para ser utilizado em anúncios impressos, uniformes dos funcionários e sinalização interna das lojas. Este logotipo nunca foi usado nas sinalizações externas de suas lojas. Em 1981 o logotipo ganhou ares mais modernos, o que aconteceria novamente em 1992, quando o hífen foi substituído por uma estrela.

Recentemente, em 2008, a marca estreou seu novo logotipo, que definitivamente perdeu o hífen e ganhou um sol estilizado no lado direito, onde cada raio tem um significado próprio: preços imbatíveis, produto de qualidade, experiência de compra, busca pela excelência, atendimento ao cliente e respeito ao indivíduo.

Outras marcas do grupo Walmart no Brasil:


Estratégias de marketing do Walmart

Algumas das estratégias de marketing que o Walmart usou incluíram:

  1. Preços baixos e promoções: O Walmart é conhecido por sua estratégia de “preços baixos todos os dias”. Eles usam campanhas publicitárias e promoções para atrair os consumidores, enfatizando a economia que os clientes podem obter ao fazer compras na loja.
  2. Ampla variedade de produtos: O Walmart oferece uma ampla gama de produtos, desde alimentos e roupas até eletrônicos e artigos para o lar. Eles promovem essa variedade para atrair diferentes segmentos de clientes e incentivar compras adicionais.
  3. Campanhas sazonais e temáticas: O Walmart costuma criar campanhas de marketing sazonais relacionadas a feriados, como Natal, Páscoa e Dia das Mães, oferecendo descontos e promoções especiais para atrair compradores.
  4. Publicidade em mídia tradicional e digital: O Walmart investe em campanhas publicitárias em televisão, rádio, impressos e mídias digitais para aumentar sua visibilidade e lembrança da marca.
  5. Programas de fidelidade: O Walmart pode oferecer programas de recompensas e cartões de fidelidade para incentivar a fidelidade dos clientes e recompensar compras repetidas.
  6. Marketing localizado: O Walmart adapta suas estratégias de marketing para atender às necessidades específicas de cada mercado local, considerando as preferências culturais e as tendências regionais.
  7. Marketing sustentável: O Walmart tem trabalhado para melhorar sua imagem ambiental e pode destacar esforços e iniciativas sustentáveis em suas campanhas de marketing.

Últimos números do Walmart no Brasil e no mundo:

2017 – faturamento da Walmart Brasil faz com que a rede ocupe o 4º lugar no ranking das 10 maiores varejistas do Brasil, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBC).

2018 – o Fundo de Investimento Advent adquiriu 80% do Walmart Brasil, e os 20% restantes ficaram para o Walmart INC, com gestão do negócio que passa a ser independente e local.

2019 – Walmart Brasil passar a se chamar Grupo BIG e é o terceiro maior conglomerado de varejo alimentar do país.

2020 – Lojas físicas dos hipermercados Walmart passam a adotar a bandeira BIG nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste. No Nordeste, as lojas passam a se chamar BIG Bompreço. Novo layout, novos serviços e um incremento de 30% de produtos na tentativa de dar uma nova cara para a marca. Rede com 550 lojas e 50 mil funcionários em 18 estados, além do Distrito Federal.

2021 – Grupo Carrefour Brasil compra Grupo BIG por R$ 7,5 bilhões, expandindo presença do Carrefour especialmente no Sul e Nordeste do país, onde a marca antes tinha uma penetração mais limitada. As lojas Maxxi (atacarejo) foram convertidas para Atacadão e as demais unidades BIG e BIG Bompreço receberam as bandeiras Atacadão ou hipermercado Carrefour.

2022 – A Walmart nos Estados Unidos registrou recuperação de vendas nas lojas, no varejo online e no resultado da bolsa, tendo uma boa recuperação da pandemia, embora os resultado global da marca não tenha sido plenamente positivo.

 

 

Fontes desse artigo:

Wikipedia, Site do Walmart, portal de negócios e marketing Exame.com e canais online no Youtube e Facebook das empresas e marcas citadas